Saímos de Angra dos Reis no dia 13/01/20, numa segunda-feira, às 8h, no ônibus da Reunidas, para São José dos Campos. A previsão de chegada era para as 14h30m, tanto que já tinha comprado as passagens de São José para Campos do Jordão para as 16h40m. Pura ingenuidade; em Ubatuba, simplesmente o trânsito empacou. Os veículos se movimentavam como tartarugas e a viagem que deveria durar 6 horas, durou 9. Chegamos às 17h na rodoviária de São José dos Campos e corri para recomprar as passagens para as 18h20m. As 20h, chegamos à rodoviária de Campos do Jordão e pegamos táxi para o Chateau Flats Campos do Jordão, em Capivari, a 10 minutinhos a pé do centro turístico. O apartamento satisfez plenamente a expectativa. Amplo, confortável, bem estruturado. De cortesia, havia uma travessa de frutas e 2 garrafas de água. A cozinha é composta de geladeira, fogão, micro-ondas, pratos, talheres e panelas. Gostei muito, inclusive do atendimento, que é bem despojado. Após nos organizarmos e fazermos compras em um supermercado não muito próximo (cerca de 20 minutos a pé), fomos jantar no centro de Capivari, no restaurante Safari, ao lado do Baden Baden. A temperatura estava, surpreendentemente, em 13 graus, em pleno verão no Brasil. Que delícia!
No dia seguinte, após passearmos pelo comércio de Abernéssia e almoçarmos em um self-service, chamamos um uber para nos levar aos Jardins Amantikir, onde nos deliciamos com 28 tipos de jardins, com flora de diversos países. Diversão certa é entrar no labirinto e na casa da árvore e desfrutar das belas paisagens bucólicas e pitorescas, em meio ao colorido de flores magníficas. Lugar imperdível, onde nossa alma flutua e o corpo se regozija. Vá de tênis para percorrer as diversas trilhas, confortavelmente. O preço da entrada é salgado, mas vale a pena: 40 reais. À noite, comemos o pastel no famoso Pastelão do Maluf. É um pastel de 32 cm e faz jus à fama, é realmente delicioso, com preço justo e ainda dá para 2 comerem, se não estiver faminto, claro.
A ideia era fazer uma trilha, no dia 15/01. Mas acordamos tarde e não podia ser nada muito longo, então resolvemos visitar a Pedra do Bauzinho, a 1760 metros de altitude. Após 3 ubers desistirem, finalmente rumamos no carro da Janaina, uma simpática motorista, que ao longo de 1 hora, nos fez sentir em casa e seguras. A Pedra do Bauzinho e Pedra do Baú ficam na cidade colada a Campos do Jordão, São Bento de Sapucaí e a estrada ainda é de barro e cheia de buracos. A recepção da trilha estava fechada e não pagamos nada para entrar. Subimos uma trilha aberta por cerca de 20 minutos até o estacionamento. Dali, seguimos por uma trilha mais fechada e íngreme, de 250 metros. Havia mais 2 trilhas para se aventurar, uma delas, a da Ana Chata. A Pedra do Bauzinho é um mirante para a Pedra maior, a do Baú e a vista é sensacional, inclusive de todo o vale, da cidade e montanhas. O vento estava forte e o sol ameno, aproximadamente 23 graus. Curtimos o esplendor da paisagem por algum tempo, lanchamos e relaxamos no topo da pedra. É preciso tomar cuidado ao se movimentar pela pedra, que é estreita e com bastante reentrâncias. Para voltarmos, chamamos uber. Almoçamos novamente em Abernéssia e depois batemos perna no comércio de Capivari, onde vale muito a pena comprar casacos de inverno, por preço acessível e de boa qualidade. A janta foi rodízio de fondue no restaurante Lyon, dentro do Shopping Patio Paris. A temperatura da noite estava 14 graus.
No dia 16, estávamos animadas
para o último dia de passeio. Temperatura: 29 graus, fazendo jus ao verão. Pegamos
ônibus, cujo ponto é em frente ao Flat Chateau e fomos para o Horto Florestal,
também chamado de Parque Estadual Campos do Jordão. A viagem durou cerca de 30
minutos em uma estradinha bem asfaltada e muito bonita. Não pagamos entrada.
Mas pagamos 50 reais para fazer arvorismo, com direito a uma tirolesa no final.
O Horto Florestal tem uma grande área em meio à floresta, é um parque em meio à
natureza, onde podemos desfrutar o dia com a família e se divertir com as diversas
atividades de lazer oferecidas: arvorismo, tirolesa, aluguel de bicicleta,
trilhas de fácil acesso e bem demarcadas, rios e cachoeiras. Lá tem 2
restaurantes: o Dona Chica, mais gourmet, caro e badalado e o Prato da
Floresta, com comida mais caseira. Foi lá que almoçamos muito bem por um preço
justo e nos fartamos com boa comida de roça. Após o almoço, retornamos para
Capivari e chamamos uber para ir ao Pico do Itapeva. Pagamos 10 reais para
entrar e pedimos que o motorista nos esperasse, pois fomos avisadas que seria
difícil conseguir uber para retornar. O Pico do Itapeva fica em Pindamonhangaba,
com acesso pela Vila Inglesa, acima de Capivari. Tem 2030 metros de altitude. O
atrativo é o mirante que dá vista para mais de 20 cidades do Vale do Paraíba.
Além do mirante, há um lavandário e uma lanchonete. Não nos tomou muito tempo,
logo descemos e paramos na Ducha de Prata, cerca de 1,5 km do centro de
Capivari. Dispensamos o uber para depois terminar o trajeto a pé. A Ducha de
Prata é um complexo de quedas d’água, cuja apreciação se dá por decks. Ao
redor, diversas lojinhas de artesanato, roupas e chocolate e algumas trilhas
seguindo pelo leito do rio. Quem quiser e tiver coragem pode se banhar, mas não
vimos nenhum corajoso. Não fizemos nem trilha e nem nos banhamos, apenas
seguimos adiante em direção a Capivari na bela estrada da Vila Inglesa, com construções
de arquitetura riquíssima, literalmente. Despretensiosamente e para nossa
surpresa, chegamos ao Bosque do Silêncio. Uma grande área similar ao Horto, com
várias atividades de lazer e trilhas fáceis e curtas para todos que gostam de
desfrutar a natureza, floresta, flores e o silêncio que falta na cidade.
Para fechar a viagem, resolvemos
comer uma pizza em um restaurante dentro do Shopping Patio Paris, de
arquitetura neoclássica. Temperatura: 17 agradáveis graus. Não lembro o nome do
restaurante, mas é bem na entrada, do lado direito. A pizza estava péssima e o
garçom não estava em condições de trabalho. Uma lástima. No outro dia,
acordamos cedo e partimos de regresso a nossa cidade.
Eu voltaria a Campos do Jordão
sempre. Ainda quero subir a Pedra do Baú e não deu tempo de conhecer todos os
pontos turísticos que a bela, segura e agradável Campos do Jordão oferece.