A primeira trilha do ano
aconteceu em 03/02/18, para Paraty, partindo da Vila Oratório, comunidade
colada ao luxuosíssimo Condomínio Laranjeiras. Saímos de Angra às 5h30m e
chegamos ao ponto de partida às 7h50m, numa van com 15 pessoas. Na Vila
Oratório, a chuva nos recepcionou. Tomamos café na padaria da vila, nos
aliviamos no banheiro e pegamos nossas capas para iniciar a caminhada. Mas, São
Pedro nos deu uma trégua e nos poupou de fazer a trilha com chuva, o que foi de
grande alívio e uma dádiva. Às 8h30m partimos para o primeiro trecho, Vila
Oratório a Praia do Sono, 3,2km aproximadamente. Logo no início, uma grande
escadaria. O solo estava molhado e escorregadio, o que nos consumiu mais tempo
do que o normal. Pisamos nas areias da paradisíaca Praia do Sono, às 10 horas.
O tempo estava nublado, mas quente e o mar estava agitado, o que me impediu de
mergulhar. Preferi não me arriscar. A Praia do Sono tem uma grande extensão de
areia, cerca de 1,5km. É linda e vale a pena conhecer e talvez até acampar por um
fim de semana. Coloco aqui um adendo: há alguns moradores na praia, descendentes
dos caiçaras e as construções dos campings, muitas oriundas das próprias casas
deles são o único contraste com tamanha beleza do lugar. Às 10h30m, saímos da
Praia do Sono para a Praia de Antigos, por 2 km. No final da praia, cruzamos um
rio e iniciamos uma forte subida, íngreme, escorregadia e muito inclinada, com
o auxílio de uma corda. Após muitas subidas, descidas, pedras e solo
escorregadio, chegamos à Praia de Antigos às 11h36m. Incrível como 2 km em
montanha parecem 5. A Praia de Antigos é pequena, mas linda e tranquila. Havia
poucas pessoas e nenhum morador. Novamente não mergulhei, pois o mar ainda
estava revolto. De Antigos a Antiguinhos levamos 15 minutos. Outro mini paraíso
inabitado e tranquilo. Ao meio dia saímos da Praia de Antigos para a Praia de
Galhetas numa trilha ainda mais escorregadia e pedregosa. Levamos 50 minutos.
Após atravessarmos uma ponte de madeira que está em vias de deterioração,
beirando ao perigo, chegamos à bucólica e sensacional Praia de Galhetas. Mar
azul, praia rodeada de pedras que moldam uma paisagem de filme. A praia é
deserta, selvagem e misteriosa. Uma pérola no mar de Paraty, que também possui
uma cachoeira que não tivemos a oportunidade de conhecer por falta de tempo. Última
etapa: Praia de Galhetas a Praia de Ponta Negra em 1,5km, com subidas íngremes,
mas que conquistamos em 40 minutos. Ao chegar a Ponta Negra, comunidade de
caiçaras, onde a energia elétrica já chegou, senti o regozijo gostoso de ter
cumprido mais um desafio com sucesso. O estômago estava reclamando de fome, a
qual foi saciada no restaurante localizado no final da praia. Comi filé de
peixe grelhado, salada, arroz e feijão por 35,00. Tudo delicioso e bem feito. Uma
observação: nenhum trecho teve sinal de celular e o melhor é levar dinheiro.
A
emoção mais forte e radical, daquela de colocar o coração pela boca, ficou para
o momento de sair de Ponta Negra para o Condomínio Laranjeira de barco a motor.
O mar estava muito agitado, as ondas pareciam querer engolir o pequeno barco. Foram
20 minutos de pura adrenalina e medinho em um barco que parecia de papel no
meio de um mar feroz e altivo. Graças a Deus chegamos sãos e salvos.
Por: Denise Constantino da Fonseca
Praia do Sono
Praia de Antigos
Praia de Antiguinhos
Praia de Galhetas
Praia de Ponta Negra
Ponte para Praia de Galhetas (estado precário)
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