domingo, 29 de setembro de 2024

TRILHA À PEDRA SELADA

Finalmente férias. Meu desejo era sair da seca causada pela estiagem em Angra dos Reis, só queria ver água e a natureza, que segundo os péssimos prognósticos, em um futuro não tão distante, se tornarão extintos. Que medo!

Por isso, resolvemos, eu e Ari Moreira (@euarimoreira), ir para Visconde Mauá na semana de 16 a 20 de setembro de 2024, a fim de termos uma semana de pernas para o ar, curtindo natureza, montanha, cachoeiras, rios, uma bela pousada e boa gastronomia. Devido a baixa temporada, a Vila de Maringá, onde nos hospedamos, estava bem tranquila. Muitos restaurantes nem abriram.

De Resende a vila de Maringá levamos aproximadamente 1 hora de uber. Escolhemos o Residencial Warabi, o chalé "Varanda Gourmet", com piscina privativa (ah quem dera poder usar). Warabi, além de oferecer agradabilíssimos chalés, oferece chopp artesanal grátis, das 12h às 16h e um café da manhã mais que especial. São 2 opções: colonial e japonês. O colonial, além dos itens padrões de toda pousada, constava itens servidos com um plus, que podia ser  bruscheta ou tapioca, além da sobremesa. 

Saímos de uma temperatura de 30 graus de Angra dos Reis para o frio de 14 graus em Visconde Mauá. Não levamos roupas adequadas e sofremos de frioooo no chalé, que embora tivesse lareira, optamos por não acender, para que não ficássemos sufocadas com a fumaça.


No segundo dia, caminhamos cerca de 8km ida e volta até Maromba, passando pela cachoeira Véu de Noiva e Poção de Maromba. 



No terceiro dia, caminhamos mais 4km ida e volta para visitar a Cachoeira Santa Clara.


No quarto dia, arriscamos algo mais pesado, alugamos o transfer da agência Maringá Turismo, que nos levou até a entrada para a subida à Pedra Selada. Foram 40 minutos pela estrada, saindo de Maringá e passando pela Vila de Mauá. Pagamos 10 reais para a dona do sítio que guarda a trilha. Na entrada há banheiros e água, mas não há lugar para comprar lanche. Levamos 2 garrafas de água de 500 ml, barrinhas de cereais (comemos), pãozinho e queijo curado (só comemos na volta).

Pagamos 300 reais para o transfer (caro), já com desconto, sem direito a guia para subir a trilha. Não foi necessário porque a trilha é bem demarcada e não há chance de ser perder, como pudemos comprovar. E para quê guia pago se fomos contempladas por 3 guias de 4 patas que fizeram bem seu papel, nos protegendo durante todo o trajeto de 6 km (ida e volta).

A Pedra Selada tem esse nome devido a sua formação, em forma de sela de cavalo. Ela tem 1.755 metros de altitude e lá de baixo, do início da trilha, nos parece inatingível, diante de toda sua imponência. Mas, estávamos dispostas a enfrentar o desafio e lá fomos com nossos 3 amigos. Iniciamos a subida às 10h20m. Não é moleza para quem não tem condicionamento físico. Levamos aproximadamente 2 horas para chegar ao cume, numa subida íngreme e escorregadia, no meio de muitas pedras, galhos e raízes. Há trechos que temos que segurar em cordas e até mesmo fazer escalaminhada. No meio de caminho avistamos 2 pequenas cachoeiras e um riacho de água cristalina. Embora tenham nos avisado que essa água era potável, optamos por não bebê-la, por pura precaução. 



Lá em cima, pode-se avistar toda a região em 360°, o Pico das Agulhas Negras e as Prateleiras, e ao longe cidades como Resende, Itatiaia e Volta Redonda.



Placa do cume e nossos guias exaustos

Depois de apreciar a vista e nos encantarmos com tamanha grandiosidade da natureza, descemos a trilha, com todo cuidado para não escorregar. Levamos 1h30m para chegarmos de volta à entrada.




Com toda certeza, recomendamos conhecer a Pedra Selada. É cansativo, mas revigorante e engrandecedor alcançar seu cume e assistir a uma parte da imensidão e beleza da Terra.


Texto: Denise Constantino da Fonseca

Fotos: Denise e Ari Moreira

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