segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

SERRA DO SINFRÔNIO

 A primeira trilha do ano foi aqui perto de Angra, em Lídice, mais especificamente no Sertão de Lídice, subindo a Serra do Sinfrônio até a Cachoeira da Carmen. Como sempre, fui com o grupo "Passeios e Aventuras", dessa vez comandada por um dos colaboradores, Rogério Castro. Saímos de Ribeira, em Angra dos Reis, às 6h15min do dia 19 de fevereiro de 2017 e às 7h já estávamos em Lídice para tomar café. Às 7h25min, saindo do Centro de Lídice, seguimos pela estrada em direção a Rio Claro e depois viramos à esquerda, passando pelo Rio das Pedras. Deixamos a van estacionada no terreno de uma casa, em um vilarejo rural e iniciamos nossa trilha às 7h40m. O caminho é descampado e em nenhum momento adentramos em mata fechada. Inclusive, embora a estradinha de barro e cascalho, enormemente seca devido a falta de chuva nas últimas semanas, esteja toda esburacada, passaram vários carros e motos por nós. Há várias residências com plantações e animais, pessoas que levam uma vida simples e saudável, longe da urbanização.
       O caminho de ida é cheio de aclives; alguns bem inclinados, o que tornou a caminhada lenta e penosa, com o sol sobre nossas cabeças e o pó da estrada nas narinas e na pele. Mas, trata-se de trilha de nível médio e qualquer iniciante consegue fazê-la com um pouco de esforço. Durante o trajeto, encontramos 2 pontos de água, mas não sei informar se é própria para consumo. Um colega da trilha afirmou que sim, mas não quis arriscar. O visual da Serra do Mar é incrível. O sol deixava tudo com cores bem intensas que enchiam os olhos. Variadas flores de cores lilases, amarelas, vermelhas e rosas enfeitavam as árvores e foram eternizadas em nossas máquinas fotográficas. Vimos ainda uma casa de 3 andares em estilo japonês, bem curiosa. Subimos devagar e paramos muitas vezes para descansar nas sombras que encontramos; por isso, levamos cerca de 2h20min para vencer os 5600 metros até o alto, na Cachoeira da Carmen. Ficamos em dúvida se era a cachoeira do nosso objetivo, pois estava tudo cercado de arame farpado e não havia nenhum morador por perto. Para entrarmos, encontramos uma brecha entre a cerca e pulamos o arame para o campo gramado à beira da cachoeira que nos convidava para um banho refrescante e gelado em suas águas verdes transparentes. Passamos a manhã nos banhando e conversando. Lanchamos, descansamos e partimos às 13h50min para o local onde deixamos a van. Ainda havia sol, mas a tarde já estava mais fresca. Às 15h20min, o primeiro grupo chegou. Esperamos ainda os retardatários e quando voltamos para Lídice já era umas 16h e alguns minutos. Paramos em uma lanchonete, que por desleixo, não anotei o nome, no Centro, na esquina em frente ao Posto de gasolina. Lá, comemos o famoso pão com carne e com linguiça com queijo. Depois de todos estarem abastecidos, embarcamos de volta para casa. Às 18h já estava em minha casa para o descanso merecido. 

O que levei para essa trilha: eu, sozinha, levei 2 barras de cereais, uma goiaba, uma caixinha de água de côco (que congelei na noite anterior. Quando bebi ainda tinha gelo), um sanduíche no pão árabe (2 fatias) com queijo prato, peito de chester, tomate e orégano e 2 garrafas de 500ml de água. Fiz a mesma coisa que a água de côco, congelei uma garrafa e quando precisei dela o gelo já havia derretido todo e água quente, mesmo assim, foi o que me abasteceu no trajeto da volta. A comida foi o bastante e não passei fome. Levei toalha (daquela que seca rápido); uma blusa sobressalente, para vestir na volta; máquina fotográfica, monopad, repelente, protetor solar e boné. 

Ninguém sabia e não havia ninguém para explicar porque a cachoeira é conhecida como Cachoeira da Carmen e curiosamente, não havia nenhuma Carmen pela redondeza. Mesmo assim, agradecemos à Carmen e à senhora NATUREZA pelo dia agradabilíssimo.

Por: Denise Constantino