segunda-feira, 25 de março de 2019

Um dia em São Luís de Paraitinga


Dia 17 de março de 2019 foi a vez de conhecer São Luís de Paraitinga com o grupo Passeios e Aventuras: Emanuele Calago, nossa guia, Lúcia, Rosinha, Ivonete e eu, que relato nosso passeio de bate-volta. Saímos de Angra por volta das 5h30m, no domingo, que foi o último do verão. O dia estava nublado, mas o sol estava para surgir a qualquer momento. Às 8h, chegamos a Cunha, onde tomamos café reforçado na Confeitaria Naia. O pão de batata com queijo minas e o cappuccino estavam deliciosos. A cidade, preguiçosamente, acordava e vimos poucas pessoas circulando pelas ruas. Exatamente às 8h35m, partimos rumo à Cachoeira Grande, no vilarejo chamado Lagoinha. Chegamos às 10h10m. Dessa vez não haveria caminhos íngremes, lamacentos, pedras e riachos para transpor, seria apenas um passeio para relaxar. A entrada para a cachoeira custa 15 reais e não pode levar isopor, ou seja, tem de consumir no bar e no  restaurante do espaço. A estrutura é bem satisfatória, com banheiros, mesas e cadeiras e bastante espaço para desfrutar e se refrescar na belíssima cachoeira Grande. Ficamos encantadas com a grandeza da cachoeira, de 38 metros de queda livre, formada pelas águas do rio Pinhal. Logo, escolhemos uma mesa para ficarmos de frente, admirando aquela obra da natureza. Lógico que nos banhamos na piscina de águas rasas, como um batismo. Para o almoço, saboreamos tilápia, arroz, feijão, legumes e batatas fritas. Tudo delicioso, com gosto caseiro e de roça. Depois que a chuva de despedida de verão caiu, partimos para conhecer o centro de Paraitinga. A cidade, que foi tomada por uma enchente em 2010, quando a Igreja da Matriz veio a desmoronar, parecia parada no tempo. Dava para contar quantas pessoas circulavam nas ruas. Senti a preguiça do domingo em uma cidade pequena, sem muitas opções de lazer, fora de temporada, apenas o regalo de uma siesta, no conforto e segurança dos lares. A Igreja da Matriz parecia imponente, diante de sua nova estrutura, com tinta reluzente, na singela praça, onde o coreto colorido se destacava como em um filme vintage. Toda a cidade parecia nova, com casinhas coloridas, recentemente pintadas. O Museu Oswaldo Cruz estava fechado, mas beijei seu busto de bronze e agradeci por seu estudo e contribuição para a ciência no Brasil.
                O rio Paraitinga, corria atrás das construções, cortando a cidade, com a pose de poderoso e ameaçador, com suas águas caudalosas, devido às últimas chuvas na região. Mas, o dia estava lindo e deu vontade de comer as guloseimas da lanchonete do Beto, em frente à praça e ao coreto. Comi uma torta de café e chocolate deliciosa. Ah, o povo de Paraitinga é muito simpático e receptivo e adoram contar sobre o dia da enchente, até porque, a reconstrução da cidade foi rápida e tudo logo voltou ao normal. Até vale uma visita de mais dias para aproveitar melhor o que a natureza e o povo da pequena São Luís de Paraitinga oferecem.

Por: Denise Constantino
 Igreja em Cunha




 Igreja da Matriz reformada


Oswaldo Cruz

quinta-feira, 14 de março de 2019

Cachoeira de Arataquara

Dia 24 de fevereiro de 2019 foi dia de explorar o sertão de Mambucaba até o poço de Arataquara. Saímos de carro, eu e mais 3 pessoas super simpáticas, juntamente à guia Emanuele Calago, às 6:30 do centro de Angra dos Reis. O dia estava quente e o sol logo surgiria entre as montanhas. Dia propício para um banho de cachoeira. Fizemos uma parada no café Soberano, Parque Mambucaba, para lancharmos. Seguimos meia hora depois até o Campo da Gringa e pegamos a estrada de terra, esburacada, íngreme até o ponto final, na ponte que atravessa o rio Mambucaba, o que levou cerca de 50 min. Começamos a trilha de 3,5 km por volta das 9h. Vale alertar que a ponte, que serve de passagem para a comunidade do sertão está em condições críticas e requer cuidados para atravessá-la. Atravessamos uma de cada vez. Fizemos a trilha tranquilamente, parando para fotografias e conversas sobre o local, e o trajeto que deveria nos levar um tempo de 40 minutos, levou mais de 1 hora. Poucos quilômetros antes da cachoeira, atravessamos um riacho. O caminho para chegar à cachoeira estava escondido por galhos, devido às últimas chuvas e ventos que ocorreram no local. Nada que um facão não resolvesse.  Ainda enfrentamos um caminho difícil para descer ao poço, onde as pedras estavam escorregadias. Mas tudo foi recompensado pela água refrescante e verdinha, em meio à mata atlântica, nossa mais pura natureza, em estado bruto, onde o homem ainda não pôs as mãos. Aproveitamos o local até meio dia, quando partimos de volta, com direito a parada para almoço na casa do simpático casal, sr. Paulo e sra. Isa. Fomos recepcionadas pelos 5 cães da casa, muito alegres. Comemos arroz, galinha cozida com aipim, ovo de galinha caipira cozido, feijão e um vegetal que não conhecia, chamado "azedinho", com suco de limão. De sobremesa, doces caseiros: bananada, doce de jaca e doce de leite. Tudo custou apenas 25 reais. Lembrando que antes de irmos para a cachoeira, o almoço foi reservado. Para a digestão, muita conversa e "causos" que só pessoal que mora na roça sabe contar. Levamos a maior parte da tarde nessa conversa bucólica. O retorno até o carro foi mais rápido. Dia agradável e matou a saudade de fazer trilha raiz. Obrigada Emanuele, Rosinha, Ivonete e Lúcia.





Por: Denise Constantino