terça-feira, 26 de abril de 2016

CHAPADA DA DIAMANTINA



07/05- Rio a Salvador pela TAM. Ficamos na Pousada Farol de Itapoã. Lugar muito agradável, pessoal simpático. Passamos uma tarde em Itapoã, como o nosso “poetinha” Vinícius de Morais gostava. A praia tem um lindo visual com o Farol imperando na grande faixa de areia e os prédios ao longe.


08/05- Salvador a Lençóis pela Azul. Voo tranquilo e pontualíssimo, até me surpreendi. Pedro Paulo da agência Volta ao Parque estava nos esperando. Seguimos por meia hora na Kombi personalizada da agência, passando pela BR que liga a Bahia a Brasília tomada de caminhões, o que me deixou muito tensa. Depois de meia hora chegamos ao Hotel de Lençóis e já na entrada nos surpreendemos pela imponência. Estilo rústico, com intenção de sustentabilidade, o design aproveita bem os elementos naturais do próprio meio. Bem estruturado: piscina enorme e morna naturalmente, estava calor em Lençóis. Há uma pequena piscina anexa, aquecida e com hidromassagem ao ar livre. O restaurante Roda D’água tem um cardápio interessante, comida boa por um preço acessível. A natureza está integrada ao hotel, tanto que no outro dia, no café da manhã, um filhote de jiboia de cerca de 2 metros visitou os hóspedes e resolveu fazer seu desjejum também, papando um desprevenido pássaro. Foi expulsa porque não tinha reserva. No primeiro dia, como chegamos às 16 horas, não deu tempo de fazer o passeio anteriormente planejado, deixamos para o último dia, pela manhã. Descemos a ladeira para visitarmos a cidade bucólica de Lençóis. As ruas de paralelepípedos e os casarões antigos, muitos construídos de pedras sobrepostas como um mosaico nos remeteram ao século XIX, nos áureos tempos de fartura de diamantes. Olhando a ponte de longe, parecia uma cidadezinha da Idade Média. Dentre os charmosos restaurantes e bares de Lençóis, jantamos no Bodega. Lugar acolhedor, boa comida e preço justo.

                                       



09/05- O guia Pedro Paulo nos buscou às 8h30m no hotel e fomos primeiro ao Poço do Diabo. Seguimos de Kombi num trecho com mais um casal e um rapaz, depois caminhamos por uma trilha curta. Passamos pelo rio Mucugezinho até chegar ao Poço do Diabo, que tem esse nome por causa de suas águas escuras e profundas, devido à própria composição das rochas, como o ferro. A cachoeira é linda e a água refrescante, até demais. Relutei alguns minutos até dar um mergulho na água gelada, mas logo voltei para cima das pedras. Depois, percorremos mais um trecho de carro até a Gruta Lapa Doce, onde vimos estalactites e estalagmites de formações interessantes, que nos fizeram lembrar muito as cavernas de Petar. Almoçamos no restaurante ali próximo, onde apreciamos uma boa comida caseira. Logo seguimos para a Gruta Azul e Pratinha. A Gruta Azul é formada por rochas calcárias e magnésio que proporciona a cor azulada e que é acentuada quando é tomada pelos raios solares. Belíssimo local, que está interligada à Pratinha, um grande lago de águas azuladas e transparentes, que nos convida a um banho revigorante. Pagamos 20,00 para flutuar na Gruta Pratinha com colete, snorkel e pé de pato. Podemos dizer que foi magnífico e inesquecível. A flutuação é para que as pequenas conchas depositadas no fundo da areia não sejam destruídas ao pisarmos. Confesso que no momento em que nos afastamos da luz, mais para o interior da gruta, deu um certo frio na barriga, mas o receio é compensado pela beleza daquela água turquesa. Depois dessa experiência ímpar, seguimos para o Morro do Pai Inácio para ver o por do sol e tínhamos de chegar antes das 5h. Subimos o morro em um trecho de 600m, íngreme, com a respiração ofegante e as pernas trêmulas, mas com a sensação de que era por uma boa causa. Estávamos certas, o cansaço deu lugar ao deslumbramento de vista tão sensacional de toda a Chapada e de um lindo por de sol. Foi a bênção de despedida daquele 2º dia maravilhoso na Chapada. Lindo, lindo! E que venham os outros.






10/05- Outro guia foi nos buscar no hotel às 8h30m e nos levou por um longo trajeto de carro, em meio à vegetação, vilarejos humildes, por um caminho de terra vermelha, rumo à Serra Paridas. Lá, apreciamos nas paredes rochosas de dois grandes monumentos esculpidos pela natureza (água e vento) pinturas rupestres desenhadas por tribos indígenas há 4000 anos. O nome deve-se a diversas pinturas (feitas com sangue de animais e coloração de plantas) de mulheres grávidas. Dali, seguimos por mais um longo trecho de chão de barro irregular para a Cachoeira do Mosquito. O nome não se refere ao inseto inconveniente, mas sim a pequenos diamantes assim apelidados, que foram encontrados lá, outrora. Cachoeira bonita com água refrescante e de cor cobre. Tomamos banho em um lago formado entre as pedras, sentindo os respingos da força da água que caía rugindo. Ali mesmo lanchamos e ficamos um tempo curtindo a energia do local. Antes da hora prevista, voltamos ao hotel e aproveitamos a piscina, a hidro e a sauna até a noite.

11/05- O dia amanheceu chuvoso, mas não desanimamos. Dessa vez, fomos guiadas pelo guia Aderbal da Agência Volta ao Parque e viajamos de Kombi, juntamente com um simpático casal que mora em Lençóis. Depois de um longo trecho de carro e mais algum a pé, chegamos ao Poço Encantado, onde entramos com capacete e lanterna por uma trilha íngreme para a gruta onde abriga o poço. Pena que o tempo estava chuvoso e não havia  sol para iluminar a água azul turquesa. Mesmo assim, valeu a pena conhecer. Seguimos por mais um longo caminho de terra até o rio Paraguaçu, onde atravessamos de bote até um povoado onde se localiza o Poço. Passamos pelo chuveiro, norma para entrar na água do poço Azul, colocamos colete e descemos por um caminho de terra. Lá em baixo, um guia interno nos esperava para orientações. Colocamos snorkel e entramos no Poço Azul, com água profunda e totalmente azulada, onde foi encontrado o fóssil de uma preguiça gigante. Parecia coisa de outro mundo. O ambiente meio escuro criava uma aura de mistério, mas vendo as fotos depois, tiradas de cima, percebemos como é sensacional flutuar naquelas águas. Ficamos flutuando por cerca de meia hora. Subimos e almoçamos no restaurante ali mesmo. Logo depois, seguimos rumo a Igatu com o guia Pedro Paulo. Igatu é chamada de Machu Pichu brasileira e logo na entrada da pequena cidade de 402 habitantes, percebemos o porquê. A cidade está incrustada em meio a montanhas de rochas. As casas foram construídas de pedras sobrepostas e muitas são só ruínas, dos tempos da exploração de diamantes. Visitamos o museu do garimpo a céu aberto e numa viagem pelo tempo, imaginamos quanta ambição, quantas intrigas, brigas e mortes ocorreram naquela cidadezinha que parece da idade média ou da pré-história. Pernoitamos na Pousada Flor de Açucena, de beleza inusitada. Ambiente agradável e design interessante. O proprietário aproveitou as pedras do terreno para agregar à decoração. Assim, o quarto parece uma caverna. Gostei do diferente. O café da manhã enche os olhos e o estômago pois é muito bem preparado e servido.


12/05- Hoje, sol e finalmente o passeio mais comentado e esperado: a Cachoeira do Buracão. Percorremos 100 km até Ibicoara. Lá, pegamos a guia local, Ozi, que nos acompanhou na trilha. Seguimos de carro por mais 1 hora margeando as montanhas do Campo Redondo até chegarmos ao ponto de partida. Nosso guia Pedro Paulo ficou no carro, enquanto seguimos com Ozi a pé pela trilha de 3 km. O cansaço ficou de lado, inibido diante de tanta paisagem bela, incluindo mata do cerrado e do agreste, orquídeas coloridas, o cacto xique-xique com seus “olhos” nos vigiando, a cachoeira Recanto Verde, o rio Espalhado, o chão de areia como uma praia, a cachoeira das Orquídeas, Buraquinho, até chegarmos ao tão falado cânion do Buracão. Sentimos os respingos e ouvimos o ronco da cachoeira que estava volumosa devido às últimas chuvas. Quando vi aqueles paredões sinuosos de rocha, senti um frio do estômago de excitação e ansiedade e ao mesmo tempo de deslumbramento pela grandiosidade da natureza que formou aquela maravilha aos olhos. Não deu tempo para ter medo, logo colocamos os coletes e entramos na água. A máquina fotográfica ficou com a guia, que seguiu pelos paredões. Caímos na água escura e profunda e contra a correnteza, flutuamos no cânion por 100 metros. Os braços doeram, cansaram, os respingos atrapalharam as fotos, mas a beleza que defrontamos quando chegamos ao grande poço formado pela água furiosa e volumosa, transforma-se em pura recompensa e bênção de Deus. Subimos no paredão e ficamos alguns minutos apreciando. Realmente é tudo o que li sobre o Buracão. Belo, belo! Voltamos pelo cânion nadando, dessa vez a correnteza ajudou e nos empurrou naturalmente. Lanchamos antes de pegar a trilha de 3 km para voltar, debaixo de um sol forte e brilhante, que deixava tudo mais belo ainda. Paramos para ver a cachoeira na parte de cima. Estávamos revigoradas e abençoadas pelo Buracão. Deixamos Ozi em Ibicoara e seguimos para Mucugê. Paramos no cemitério Bizantino e depois rumamos para repousar na Pousada Mucugê. Jantamos em um restaurante próximo e depois visitamos o Museu Municipal, onde fomos recepcionados pela tia Val, uma senhorinha que nos brindou com histórias do tempo áureo em que Mucugê era rica em diamantes. Sua simplicidade, simpatia e inteligência nos emocionaram e encantaram.



13/05- De Mucugê, pela manhã, fomos pela estrada mais linda da Chapada, às margens da Serra do Sincorá até Guiné. Em Guiné, abandonamos o carro e iniciamos a subida pela trilha que nos levaria ao mirante do Vale do Pati a uma distância de 9,5 km de ida e de volta. Foi um teste vigoroso para o condicionamento físico. Logo no início da trilha, uma cobra cruzou nosso caminho, era uma enorme cascavel. Depois de muita subida, pular pedras, pequenos córregos, passar pelo rio Negro, atravessar ponte de tronco, andar e andar, mais uma vez fomos recompensadas. A vista do mirante para o Vale é sensacional. É verdade: o que é mais belo exige esforço para ser alcançado. Lanchamos, admiramos, descansamos e depois iniciamos a jornada de volta. Se a subida exigiu fôlego, a descida exigiu força física no joelho, que ficou bem prejudicado. Mas, nada muito sério que um relaxante muscular não resolva. Graças a Deus nossos músculos resistiram bem e não deixamos de ver todas as maravilhas da Chapada, quer dizer, quase todas, pois faltou tempo, há muitas coisas para apreciar. Mais uma 1h e 30m de carro e chegamos ao Vale do Capão, um pequeno vilarejo onde vive uma população de vida alternativa. Vimos (literalmente) “duendes” e “gnomos” indo e vindo a pé pelas ruelas de terra de Capão. Ficamos na Pousada do Capão. Belíssima, quarto confortável, funcionários prestativos, ambiente agradável, um café da manhã de agradar aos olhos e ao paladar. Estava frio à noite e acenderam a fogueira no gramado. Ficamos sentadas, aquecidas pela fogueira e olhando o céu limpo, estrelado, assistidas pelas imponentes montanhas que pareciam as paredes da pousada, de tão perto que estavam. E, claro, não poderia passar por essa experiência sem apreciar um bom vinho. Recusamos sair para comer pizza com o guia, incluída no pacote do passeio, para poder curtir mais a pousada. Jantamos lá mesmo e não nos arrependemos. 




14/05- Saímos do Capão às 9h e logo chegamos à base da associação de guias do Capão, para iniciarmos a subida para a Cachoeira da Fumaça. A subida íngreme é de 2km, depois seguimos no plano por mais 4,5km. A paisagem, como sempre, fascinante, recompensando o cansaço na subida. Quando chegamos ao topo da rocha, mal acreditamos que estávamos naquele lugar. Abaixo, um precipício de 400m, onde a cachoeira da Fumaça rugia e os respingos de sua água nos molhavam como pequenos alfinetes gelados. A água não tinha força para atingir o chão e voltava, formando um arco-íris em seu topo. Não relutei nem um pouco para engatinhar pela pedra e vê-la todinha. Emocionante. Mas o precipício não era para brincar, é necessário muito cuidado. Um guia nos contou que 6 pessoas já morreram lá. Três se suicidaram e três caíram acidentalmente. Lanchamos junto a outros visitantes e logo retornamos para a trilha. Mais 6,5km de terreno plano e descida. Os joelhos, mais uma vez, reclamaram. No final da trilha, na base de onde partimos, uma surpresa: uma cobra coral em uma valeta assustou nosso guia, que pulou sobre ela. Ela correu rapidamente para o mato, mas tivemos tempo de fotografá-la. Paramos para tomar um caldo de cana, uma água de côco e depois fomos tomar um banho gelado na cachoeira do Riachinho. As pequenas pedras pontiagudas da cachoeira parecem incrustadas em cimento, mas são naturais e machucam muito os pés. Levamos 1h e 30m para voltar a Lençóis, mas antes, passamos em Campos de São João para comprar o famoso doce de leite caseiro e delicioso, próprio do local. 

15/05- às 8h30m partimos a pé com Pedro Paulo e caminhamos por 1,5km até a Cachoeirinha, cuja água transparente como piscina nos convidou a um banho gelado. Caminhamos um pouco mais e chegamos aos labirintos do salão de areias coloridas, bem interessante. O Poço Halley, apenas contemplamos e nos poços do Serrano relaxamos nas piscinas naturais formados pelas águas que se alojam nas crateras formadas tanto pela ação do tempo quanto pela ação dos homens que caçaram diamantes no passado. A hidromassagem foi o clímax da viagem, pois dali voltamos ao hotel para arrumar as malas, almoçarmos e partirmos para o aeroporto. Às 15h partimos para Salvador. Lá, pegamos um táxi para o Hotel Mar Brasil, construído ao redor da casa de Vinícius de Morais. Ficamos espantadas com a tabela de preço, a diária mais barata era  1250,00 e paguei apenas 200,00 pelo Booking, uma pechincha! Jantamos no próprio hotel e nos arrependemos. A comida estava horrível, insossa e foi caro. 


16/05- No último dia, fizemos um city tour no ônibus de turismo de Salvador. O tempo estava chuvoso e não dava para ir à praia e nem ficar na piscina. Ficamos 1h e 30m no Mercado Modelo, onde compramos algumas lembrancinhas para os familiares. Os preços são bons, mas não gostamos do inconveniente que são os ambulantes, que quase nos agarram para vender algo. Tomamos sorvete na famosa sorveteria Ribeira de 1931. Visitamos a Igreja do Senhor do Bonfim e o Memorial de Irmã Dulce, onde fiquei muito emocionada por seu grandioso e edificante trabalho com os menos favorecidos. Gostaria de ter conhecido o Farol da Barra, mas só passamos de longe, havia obras ao redor e não podiam parar. O passeio foi razoável, não gostei dos serviços dos guias do ônibus. Jantamos no melhor restaurante de Salvador, Mistura Fina, bem próximo ao hotel e ainda tivemos 20% de desconto. Mais uma decepção: o garçom que anotou nosso pedido simplesmente sumiu e nossas bebidas só chegaram após a comida, depois de reclamarmos com a gerente. Nenhum esclarecimento nos foi dado, se o garçom passou mal, se fugiu, se teve dor de barriga...

17/05: Volta ao Rio. Fomos à noite ao shopping Nova América e comemos em um restaurante na Rua do Rio.

18/05: Fomos ao MAM ver a exposição de Ron Mueck. Exposição exótica, diferente de tudo que já havíamos visto. A perfeição de suas peças nos surpreendeu. Depois, entramos em um ônibus e fomos para a Lagoa, almoçar. O Lagoon, além de estar lotado, tinha um preço muito salgado. Voltamos e entramos em Ipanema. Almoçamos no Devassa. Depois, fomos a pé para Copacabana e visitamos o Forte. Aproveitamos para assistir a um concerto de harpa e violinos, este com os Pequenos Mozart. Lindo, belíssimo! Entramos no museu, que é bem interessante. Quando saímos já estava escuro e não conseguimos visitar o Forte como queríamos. Fizemos um lanche na Confeitaria Colombo e depois voltamos para Tijuca de metrô.

terça-feira, 19 de abril de 2016

CACHOEIRA DA MELANCIA

No dia 31 de janeiro de 2016, parti com o grupo Passeios e Aventuras, do qual fazem parte cerca de 30 pessoas, moradores de Angra dos Reis e Paraty, para uma trilha no sertão de Taquari, em Paraty, a fim de conhecer a Cachoeira da Melancia.O tempo estava nublado. Nesse dia, o sol não deu as caras, mas também não choveu, para nossa sorte e estava bem abafado. Saímos cedo de Angra, de carro, e tomamos café em Parque Mambucaba. Logo depois seguimos pela Rio-Santos e após passarmos pela Praia de São Gonçalo e São Gonçalinho entramos na comunidade de Taquari, à direita. Seguimos até o estacionamento, onde há um rio com piscinas naturais, muito bom para um banho refrescante em um fim de semana. Dali, iniciamos a trilha acompanhados por um guia local. São 6 km de trilha no meio da mata, somando ida e volta, cerca de duas horas cada trecho. Como havia chovido nos dias anteriores, o chão estava bem lamacento e havia muitas árvores caídas. O trecho é íngreme, com pedras, troncos e muitas raízes no chão, além de vários aclives e declives. Mas, para quem está acostumado a trilhar, não é tão pesado quanto pode parecer para um iniciante. Para chegar à cachoeira, na parte de baixo, descemos um caminho escorregadio de pedras, nos apoiando em cordas e correntes. A visão da cachoeira é deslumbrante. Lanchamos, alguns mergulharam na água gelada e outros foram para a parte de cima para fazer rapel com o Cacá da Enseada. Os respingos da água forte molhavam quem não quis mergulhar. Como o tempo estava nublado e ventava um pouco, a maioria sentiu frio e ficamos preocupados com as nuvens escuras que se formavam. Logo, um grupo resolveu voltar e eu fui nessa. Afinal, em cachoeira temos de tomar cuidado com tempo ruim. Até foi bom ir na frente. Tivemos tempo de nos banhar no rio, nos refrescar e retirar a lama dos tênis. Almoçamos em um restaurante em Tarituba, à beira da Rio-Santos. 




Por: Denise Constantino

domingo, 3 de abril de 2016

Trilhar - Metáfora da Vida


No início, achamos que não vamos conseguir. São tantos obstáculos! Montanhas imponentes, caminhos íngremes, pedregosos, escorregadios. Tropeçamos, escorregamos, nos sujamos de lama de vez em quando, paramos, respiramos fundo até o coração voltar ao normal. Depois prosseguimos, escolhemos melhor onde pisar e prosseguimos. Às vezes encontramos um riacho, um frescor para a sede, para o esforço suado e vemos a água correr para o infinito e ganhamos ânimo para continuar. A cada momento, com vívidas experiências, a caminhada torna-se mais raciocinada, porém, ainda com entraves a vencer. Alguns param no meio do caminho, recuam para recomeçar de outra forma, o que não podemos é desistir, porque quanto mais difícil de se alcançar, mais deslumbrante é o objetivo. Toda trilha por mais tortuosa que pareça nos reserva algo belo e magnífico no final, o nosso objetivo, a nossa meta, o que tanto planejamos e almejamos e o regozijo e catarse são divinos.

Por: Denise Constantino