terça-feira, 9 de agosto de 2016

CACHOEIRA DO ESGUICHO

Acordamos bem cedo no domingo, 13 de março de 2016 e marcamos de nos encontrar em uma rua no Parque Mambucaba. A trilha foi organizada por Passeios & Aventuras, grupo da qual faço parte desde ano passado. O dia estava nublado, encoberto por nuvens escuras que ameaçavam chuva a qualquer hora. Havia chovido muito nos dias anteriores. Preparei-me psicologicamente para sujar e molhar o tênis de caminhada. Aguardamos todos chegarem e uma van alugada levou os primeiros 15 aventureiros (eu no meio desses) até a ponte aramada no sertão de Mambucaba, local de chegada para quem faz a trilha da Serra da Bocaina, vindo de São José do Barreiro. A estrada é esburacada, de terra, irregular e não é qualquer carro que passa ileso. Também é pouco habitada e o trajeto sacolejante leva cerca 1 hora e 20 minutos. Lá, tivemos que esperar a van voltar e trazer o grupo restante. A espera foi torturante. Quando finalmente chegaram, a pé, soubemos que o motorista não quis voltar ao ponto final, por causa do mau estado do terreno. Metade do grupo teve de caminhar uns 2 km até onde estávamos esperando, à margem do Rio Mambucaba. Logo partimos, atravessando a ponte e seguindo montanha acima. Todos estavam achando que a trilha era fácil, mas conforme subíamos e andávamos no meio de mato fechado, subindo e descendo pedras, atravessando rios e riachos, passando por fazendas e escassas residências, vimos que o "fácil acesso" era pura ilusão. Levamos cerca de 4 horas para chegar no alto, onde se encontra a Cachoeira do Esguicho. A Cachoeira é majestosa, mas não há um poço para banho que seja de fácil acesso. Há muitas pedras a transpor, escorregadias e perigosas. O tempo continuava fechado e fazia frio, principalmente por causa das gotículas da água que caía estrondosamente. Lanchamos enquanto apreciávamos a queda. Alguns corajosos se banharam. Tiramos muitas fotos e conversamos, todos cansados. Mas ainda havia a volta e a surgiu a vontade de comer um bom prato de comida caseira que a família do guia estava nos preparando, com agendamento prévio, claro. Eu e mais uns 4 trilheiros resolvemos voltar logo, porque havia muito chão pela frente e a hora tinha avançado além do planejado. Caminhamos a passos largos até a simples casa do guia, depois de subirmos um morro de aclive espantoso para matar quem já estava exausto e com fome. Esperamos mais pessoas chegarem e almoçamos. Comida deliciosa, caseira e satisfatória, por um preço baixo. Ainda havia algumas pessoas para trás, inclusive um rapaz que teve câimbras e teve de ser carregado por um burro.  Já eram 4 horas da tarde e havíamos marcado com o motorista às 5, sendo que da casa até a ponte aramado levava 1 hora a passos largos. Mais uma vez, eu e um grupo de 5 pessoas resolvemos ir na frente para segurar o motorista. Fizemos exatamente em 1 hora a caminhada até a ponte. O motorista não estava lá, mas já imaginávamos que ele não iria até ali devido aos estragos da estrada. Então, caminhamos mais uns 2 km até onde a van estava estacionada. 
Saldo positivo: trilhar sempre é bom. Valeu a pena pela paisagem, pela cachoeira, pela aventura e pela comida.
Saldo negativo: o transporte, a dificuldade para chegar e partir da ponte aramada, a espera, em virtude de um único veículo para levar todo mundo, tendo que fazer 2 viagens; não conhecer a distância do caminho. 





 Por: Denise Constantino

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