sexta-feira, 5 de agosto de 2016

CHAPADA DOS VEADEIROS

     Nas férias de maio de 2015, resolvi fazer uma viagem astral, para experimentar o esotérico e o misticismo, e quem sabe ver uma nave espacial pousar na minha frente e dela sair um ET. Devaneio? Não. Fui para a Chapada dos Veadeiros, lugar mágico e místico. Segundo estudiosos, a região da Chapada dos Veadeiros se encontra em cima de uma imensa placa de cristal de quartzo, que tornam o local brilhante se vista do espaço. Por isso que atrai a energia cósmica e faz com que o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros seja, além de um lugar de belezas e riquezas naturais indescritíveis, também o maior destino místico do Brasil.
     Para chegar a Alto Paraíso, a viagem é longa. Do Rio para Brasília de avião e de Brasília, de carro, transfer contratado de agência de turismo. Três horas de viagem, em meio a uma paisagem bucólica com várias fazendas agrícolas e plantações. Passamos por algumas cidades perdidas no mapa e no tempo. A estrada, sempre uma reta infinita, parecia não levar a lugar nenhum, mas quando cruzamos o portal de Alto Paraíso, uma nave espacial, percebemos que havíamos chegado, realmente, ao paraíso. Ficamos na maravilhosa pousada Recanto da Grande Paz e ela faz jus ao nome. Realmente lá, do alto de Alto Paraíso, encontra-se grande paz apreciando a cidade e as montanhas. Contratamos o guia de Beto para nos levar para conhecer os melhores lugares da Chapada, mas ficaria mais uns 3 ou 4 dias para conhecer mais ou apenas curtir a paz. Perto da pousada há o Espaço Gota. Uma construção em forma de gota onde podemos meditar e fazer yoga com música feita em instrumentos inusitados, sentados ou deitados em almofadas.

     No primeiro dia de trilha, fomos ao Jardim de Maytreia. Uma bela paisagem verde, em um ponto considerado um local místico pela sua força magnética. Realmente, contemplar o jardim traz uma paz enorme. Como é costume com o Beto, subimos no teto de seu jeep, percorrendo uma curta distância sentindo o forte vento no rosto. Depois, fotografamos em pé segurando a bandeira brasileira. Outra foto costumeira com seus guiados, é a mandala humana onde deitamos no asfalto com braços e pernas abertas.

Em seguida, rumamos para o Vale da Lua. Um local que nos remete à imagem do satélite enigmático da Terra, por suas formações rochosas, de cor clara, com crateras que foram moldadas pela ação da força da água.

Após ficarmos um bom tempo desfrutando da paisagem exótica do Vale da Lua, seguimos até a trilha para o Cânion Raizama. Seguimos por uma trilha estreita em mata fechada margeando o Cânion que tem esse nome devido às raízes das árvores encrustadas no caminho. Depois, passando pelo Espaço Infinito, chegamos à cachoeira para um banho refrescante e meditação.


No 2º dia rumamos para uma trilha em São Jorge, Cachoeira do Abismo e Janela. Caminhamos cerca de 2h para chegar à Cachoeira do Abismo com suas águas cristalinas. Pena que o tempo estava chuvoso. Mesmo assim, não deixei de me banhar na água fria. Devido ao tempo chuvoso, não demoramos muito e seguimos pela trilha íngreme até o Mirante da Janela, onde veríamos os Saltos do Rio Preto. O total de caminhada ida e volta foi de 8 km, que fizemos em ritmo moderado, apreciando cada paisagem e parando para fotos. 





No 3º dia, visitamos a parte baixa dos Saltos do Rio Preto. Depois de passarmos pela entrada do parque, seguimos pela trilha de aproximadamente 4 km. Chegamos ao mirante onde o Salto mede 120 m. Caminhamos mais 800 metros e chegamos na queda menor, de 80 m, onde há uma área para banho. Só que a chuva resolveu cair forte justamente na hora que chegamos a parte baixa e tivemos que nos abrigar debaixo de uma pedra até o temporal amenizar. O caminho é bem demarcado, porém bem íngreme, com pedregulhos que exige bastante movimento de descida e subida, prejudicando os joelhos. 


Almoçamos maravilhosamente bem em São Jorge, no Restaurante Buritis, e seguimos para a pousada para descanso. 
Quarto dia de passeio, fomos visitar as Cachoeiras Almécegas I e Almécegas II. O dia já estava ensolarado e ajudou no banho. Seguimos por jeep pela boa estrada de Alto Paraíso, depois pegamos uma estrada de terra até a Fazenda São Bento. Dali, seguimos 1 km a pé até Almécegas I. Não demoramos muito ali e seguimos logo para a II. Ali, relaxei deitada nas pedras para se aquecer ao sol e arrisquei um banho na água escura e gelada, oriunda do Rio dos Couros.


Depois de relaxar na cachoeira, seguimos para a Fazenda São Bento até a cachoeira de mesmo nome. Apenas contemplamos. O tempo estava nublado e não estava disposta a me molhar. A Cachoeira São Bento tem uma pequena queda e um grande lago para banho e onde é realizado provas de jetski. 


Voltamos para a pousada pela tarde e no outro dia retornei para o Rio de Janeiro, para casa.

Por: Denise Constantino







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